Quinze milhões e nem menos um cêntimo

O diário italiano "Gazzetta dello Sport" noticiou ontem mais um avanço nas alegadas negociações entre Milan e FC Porto por Cissokho. Os italianos teriam agora proposto um "empréstimo reforçado": três milhões de euros pela cedência e os restantes 12 nas épocas subsequentes, desde que o lateral-esquerdo participasse em 50 por cento dos jogos. No entanto, a realidade é um pouco diferente. A situação cristalizou há uma semana com uma sentença de Pinto da Costa: 15 milhões de euros e nem menos um cêntimo.
É verdade que rossoneri e dragões têm mantido o contacto, mas os tetracampeões portugueses interpretaram o problema dentário de Cissokho como o pretexto para uma estratégia de negociação que visava apenas baixar o preço do jogador, de resto um golpe desmascarado rapidamente. O mesmo atleta fatalmente comprometido pela oclusão da dentadura valia 11 milhões para o Milan horas depois do exame, apesar do "sério" handicap físico que lhe "ameaça" a integridade muscular e já lhe teria até provocado uma pubalgia. Na notícia ontem publicada pela "Gazzetta", o motivo invocado já seriam antes "os problemas musculares, provavelmente por causa de uma má oclusão da arcada dentária". O Milan Lab, garante ainda o artigo, conta recuperar o francês, "e num espaço de tempo relativamente breve".
Certo é que, confirmando-se os valores desta nova proposta, os italianos já chegaram aos 15 milhões pretendidos, embora, dadas as condições impostas para pagar dois terços da verba, não tenham chegado à segunda condição: nem menos um cêntimo, até agora, Pinto da Costa rechaçou todas as aproximações sempre com a mesma resposta: Cissokho sai do FC Porto apenas por aquele valor. Não há novidades.